Parecemo-nos muito; assim dizem - e eu o creio. Além do mesmo sangue, almas iguais nós temos; pois, pelo mesmo ideal e com o mesmo anseio, dentro da vida, nós lutamos e sofremos. Vemos na arte um refúgio, um oásis, um esteio para a nossa inquietude, e num barco sem remos vagamos à mercê do próprio devaneio, sabendo que jamais à enseada chegaremos E, apesar de ela ter todo um sol na cabeça e o nevoeiro do inverno a minha já embranqueça, da angústia de minha alma a sua compartilha. Ela pensa, eu medito... Ela sonha, eu me lembro... Nossa pobreza é igual de Dezembro a Novembro. Quem somos, afinal? Apenas, irmãs.
(Adelaide (Yde) Schloenbach Blumenschein)
Palavras semeadas
Tão longe de nós mesmos, o nosso tempo já passou (e até um pouco mais), mas você não voltou... E eu continuo a te esperar, porque o vaziou ficou, de palavras tão belas, que você semeou...
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