segunda-feira, 28 de abril de 2008

Distância

A distância dos nossos corpos
assedia a ânsia…

Freme veemente em círculo ardente
e multiplica-se num desbravado caminho
de palavras que retrocedo
em alongado
gemido de carência.

Marco as minhas mínguas
a ferro
e todo o teu ser arde-me na pele
gravado em substância.
Aferras-te
e em mim
és perfeito na imensidão de homem.

Percorres-me em segredo,
lapidando as curvas
que à luz se entregam e
projetas-te em sol e fogo.
Não te enxergo a forma
mas sinto-te em fusão
correr-me no sangue.

À contrariedade do tempo que emerge,
gorgolo em devaneio
o teu nome decifrado.

Vera Carvalho
É desta maneira que te sinto...
corre-me no sangue...
e decifro seu nome,
em total e absoluto devaneio

Juliane Varhau

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